O Palácio do Planalto aposta em negociação para evitar derrubada de veto à distribuição de royalties do pré-sal entre todos os Estados. Em dezembro do ano passado, o então presidente Lula vetou a chamada emenda que tirava dinheiro dos Estados produtores de petróleo. Uma reunião do Congresso Nacional está marcada para esta semana, e o veto deve ser derrubado por deputados e senadores. O governo ainda tenta uma saída negociada para evitar que a questão seja discutida no plenário. O Rio de Janeiro, o Estado que mais produz petróleo no país, será aquele que mais deixará de ganhar dinheiro se a distribuição dos royalties for alterada. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, afirma que o Planalto já deu sinal verde para um acordo. A própria União teria a fatia dos royalties diminuída, mas o problema é que Rio de Janeiro também teria que abrir mão de parte do bolo. Falando ao repórter André Graziano, o deputado Cândido Vaccarezza, afirmou que o governo fluminense não quer deixar de receber um tostão pelo petróleo. O líder do governo na Câmara tenta conseguir uma redução na participação do Rio, atualmente em 26%, para cerca de 23%. O deputado salienta que o Estado não perderia dinheiro, já que o uso da camada Pré-Sal aumentará a produção de petróleo. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, anunciou que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal se o veto for derrubado. Sérgio Cabral antecipa que a própria presidente da República também está disposta a tomar atitude semelhante. A reunião do Congresso que analisará a matéria está marcada para quarta-feira. O governo espera o refluxo de algumas bancadas, como Pará e Sergipe, Estados que têm indícios de sediar reservas do Pré-Sal.
Fonte: Jovem Pan