sábado, 1 de maio de 2010

1º de Maio – Dia Mundial do Trabalho

“A história do Primeiro de Maio mostra, portanto, que se trata de um dia de luto e de luta, mas não só pela redução da jornada de trabalho, mais também pela conquista de todas as outras reivindicações de quem produz a riqueza da sociedade.” – Perseu Abramo


    O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.
    Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.
    Em memória dos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho.

Fonte: IBGE / Ministério do Trabalho

Chicago, maio de 1886 


     O retrocesso vivido nestes primórdios do século XXI remete-nos diretamente aos piores momentos dos primórdios do Modo de Produção Capitalista, quando ainda eram comuns práticas ainda mais selvagens. Não apenas se buscava a extração da mais-valia, através de baixos salários, mas até mesmo a saúde física e mental dos trabalhadores estava comprometida por jornadas que se estendiam até 17 horas diárias, prática comum nas indústrias da Europa e dos Estados Unidos no final do século XVIII e durante o século XIX. Férias, descanso semanal e aposentadoria não existiam. Para se protegerem em momentos difíceis, os trabalhadores inventavam vários tipos de organização – como as caixas de auxílio mútuo, precursoras dos primeiros sindicatos.
    Com as primeiras organizações, surgiram também as campanhas e mobilizações reivindicando maiores salários e redução da jornada de trabalho. Greves, nem sempre pacíficas, explodiam por todo o mundo industrializado. Chicago, um dos principais pólos industriais norte-americanos, também era um dos grandes centros sindicais. Duas importantes organizações lideravam os trabalhadores e dirigiam as manifestações em todo o país: a AFL (Federação Americana de Trabalho) e a Knights of Labor (Cavaleiros do Trabalho). As organizações, sindicatos e associações que surgiam eram formadas principalmente por trabalhadores de tendências políticas socialistas, anarquistas e social-democratas. Em 1886, Chicago foi palco de uma intensa greve operária. À época, Chicago não era apenas o centro da máfia e do crime organizado era também o centro do anarquismo na América do Norte, com importantes jornais operários como o Arbeiter Zeitung e o Verboten, dirigidos respectivamente por August Spies e Michel Schwab.

Como já se tornou praxe, os jornais patronais chamavam os líderes operários de cafajestes, preguiçosos e canalhas que buscavam criar desordens. Uma passeata pacífica, composta de trabalhadores, desempregados e familiares silenciou momentaneamente tais críticas, embora com resultados trágicos no pequeno prazo. No alto dos edifícios e nas esquinas estava posicionada a repressão policial. A manifestação terminou com um ardente comício.




No dia 3, a greve continuava em muitos estabelecimentos. Diante da fábrica McCormick Harvester, a policia disparou contra um grupo de operários, matando seis, deixando 50 feridos e centenas presos, Spies convocou os trabalhadores para uma concentração na tarde do dia 4. O ambiente era de revolta apesar dos líderes pedirem calma.
Os oradores se revesavam; Spies, Parsons e Sam Fieldem, pediram a união e a continuidade do movimento. No final da manifestação um grupo de 180 policiais atacou os manifestantes, espancando-os e pisoteando-os. Uma bomba estourou no meio dos guardas, uns 60 foram feridos e vários morreram. Reforços chegaram e começaram a atirar em todas as direções. Centenas de pessoas de todas as idades morreram.
A repressão foi aumentando num crescendo sem fim: decretou-se “Estado de Sítio” e proibição de sair às ruas. Milhares de trabalhadores foram presos, muitas sedes de sindicatos incendiadas, criminosos e gângsters pagos pelos patrões invadiram casas de trabalhadores, espancando-os e destruindo seus pertences.
A justiça burguesa levou a julgamento os líderes do movimento, August Spies, Sam Fieldem, Oscar Neeb, Adolph Fischer, Michel Shwab, Louis Lingg e Georg Engel. O julgamento começou dia 21 de junho e desenrolou-se rapidamente. Provas e testemunhas foram inventadas. A sentença foi lida dia 9 de outubro, no qual Parsons, Engel, Fischer, Lingg, Spies foram condenados à morte na forca; Fieldem e Schwab, à prisão perpétua e Neeb a quinze anos de prisão.


O Dia do Trabalho no Brasil



    No Brasil, como não poderia deixar de ser, as comemorações do 1º de maio também estão relacionadas à luta pela redução da jornada de trabalho. A primeira celebração da data de que se tem registro ocorreu em Santos, em 1895, por iniciativa do Centro Socialista, entidade fundada em 1889 por militantes políticos como Silvério Fontes, Sóter Araújo e Carlos Escobar. A data foi consolidada como o Dia dos Trabalhadores em 1925, quando o presidente Artur Bernardes baixou um decreto instituindo o 1º de maio como feriado nacional. Desde então, comícios, pequenas passeatas, festas comemorativas, piqueniques, shows, desfiles e apresentações teatrais ocorrem por todo o país.
    Com Getúlio Vargas – que governou o Brasil como chefe revolucionário e ditador por 15 anos e como presidente eleito por mais quatro – o 1º de maio ganhou status de “dia oficial” do trabalho. Era nessa data que o governante anunciava as principais leis e iniciativas que atendiam as reivindicações dos trabalhadores, como a instituição e, depois, o reajuste anual do salário mínimo ou a redução de jornada de trabalho para oito horas. Vargas criou o Ministério do Trabalho, promoveu uma política de atrelamento dos sindicatos ao Estado, regulamentou o trabalho da mulher e do menor, promulgou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), garantindo o direito a férias e aposentadoria.
            Na Constituição de 1988, promulgada no contexto da distensão e redemocratização do Brasil após a ditadura militar (que perseguiu e colocou no mesmo balaio liberais, comunistas e cristãos progressistas), apesar de termos 80% dos tópicos defendendo a propriedade e meros 20% defendendo a vida humana e a felicidade, conseguiu-se uma série de avanços – hoje colocados em questão – como as Férias Remuneradas, o 13º salário, multa de 40% por rompimento de contrato de trabalho, Licença Maternidade, previsão de um salário mínimo capaz de suprir todas as necessidades existenciais, de saúde e lazer das famílias de trabalhadores, etc.
            A luta de hoje, como a luta de sempre, por parte dos trabalhadores, reside em manter todos os direitos constitucionais adquiridos e buscar mais avanços na direção da felicidade do ser humano.

Lázaro Curvêlo Chaves - Primeiro de Maio de 2004

"Meu Maio", de Vladimir Maiakovski

A todos
Que saíram às ruas
De corpo-máquina cansado,
A todos
Que imploram feriado
Às costas que a terra extenua –
Primeiro de Maio!
Meu mundo, em primaveras,
Derrete a neve com sol gaio.
Sou operário –
Este é o meu maio!
Sou camponês - Este é o meu mês.
Sou ferro –
Eis o maio que eu quero!
Sou terra –
O maio é minha era!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

GUAIÚBA: Guerra entre a Saúde e a Administração

A Prefeitura Municipal de Guaiúba, vem tentando implementar desde o início do mandato do Prefeito Marcelo Fradique, um programa social mais digno, mais humano para atender a população mais pobre, porém, como em todos os setores da sociedade, é difícil administrar quando os órgãos dos quais a população mais carece, são exatamente aqueles que mais se omitem em um bom atendimento. Os postos de saúde da cidade, estão dentro de um padrão físico que atende perfeitamente as normas da Secretaria de Saúde do Estado, mas o atendimento em alguns desses postos, deixa muito a desejar e não atendem aos padrões exigidos dentro da constituição e da dignidade do cidadão. Eu estive nessa Quarta-feira, 28 de Abril de 2010, no posto de Saúde do Alto Santo Antônio e apesar de ser apenas 10:55 Hs mais ou menos, todos os funcionários já estavam almoçando e não havia ninguém no atendimento para dar informação sobre o horário de atendimento. Recomendo ao Secretário de Saúde do Município de Guaiúba, que visite de vez em quando os postos de saúde para ver se estão funcionando como deveriam, se os horários estão sendo cumpridos e se os médicos estão comparecendo e atendendo da maneira adequada que agrade a condição física do Município e não as suas próprias conviniências. Por que todos os funcionários almoçam no mesmo horário? não deveria haver um sistema de revezamento para que o atendimento pelo menos do posto não parasse? não seria essa uma forma de agilizar o atendimento e desafogar mais os corredores da nossa Saúde? 
O Hospital Dom Aloísio Loscheider, em Guaiúba, está com sua forma física mais moderna, com salas climatizadas, com uma recepção muito boa, mas ainda existem certos profissionais que atendem aos que ali procuram em busca de um conforto e esperança, de maneira truculenta, com a cara amarrada... devemos imaginar que quem procura o Hospital, está precisando de apoio, de um sorriso e não faz nada bem ser atendido por alguém com a cara amarrada como se estivesse ali, trabalhando forçado. 
Na madrugada do dia 08 de Abril de 2010, precisei de uma ambulância para levar meu filho de 5 meses ao hospital, pois, precisava ser atendido por médicos do HC - Hospital das Clínicas, Walter Cantídio, sendo o mesmo portador de Hiperplasia Congênita Adrenal, não pode deixar de tomar uma medicação específica sob risco de morte, mas quando falei para o motoristas da ambulância ( Valdenir ) que precisava retornar para buscar o medicamento que havia esquecido, o mesmo respondeu que não iria de maneira alguma mais para lugar nenhum pois, estava cansado, e, fechando a porta do alojamento foi dormir como se nada estivesse acontecendo. Deve-se verificar se esse motorista é concursado ou está locado ali apenas por conveniência política. Vamos investigar. Que fique atento o Sr. Secretário de Saúde do Município de Guaiúba para que coisas dessa natureza não voltem a ocorrer, manchando assim, a administração do Prefeito Marcelo Fradique que vem tentando melhorar a saúde em todos os aspectos.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Guaiúba: Início das obras de reforma e ampliação do calçadão; 2ª etapa da praça de alimentação e pavimentação de várias ruas com paralelepípedo.


A Prefeitura de Guaiúba iniciou nesse dia 26 de Abril, as obras de pavimentação de várias ruas como a Antônio Aciolly, que é a principal rua da cidade, trocando as tradicionais e incómodas pedras de calçamento por paralelepípedos, além de complementar a 2ª parte da praça de alimentação Dr. Edson Holanda e a ampliação e reforma do calçadão. O calçadão manterá as mesmas características de materiais sendo usadas pedras brancas com vermelhas como são usadas na praça de alimentação. O Secretário de Infra-estrutura, Gervásio Teixeira, esteve no local da obra onde está sendo construído o escritório da empresa que administrará esse empreendimento. Muitas pessoas interessadas em trabalhar, procuraram o Mestre de obras, Elinardo, ( Mestre responsável pelo andamento da obra ), nessa manhã de segunda-feira, na esperança de conseguirem uma colocação no quadro de funcionários que participarão da execução do projeto. No local, dei uma olhada na planta baixa da obra e pude constatar que se trata de um excelente projeto. O Prefeito Marcelo Fradique, está de parabéns e, assim também, todos os guaiubanos, que se beneficiarão ao final da obra. É uma ótima idéia, trocar as pedras de calçamento por paralelepípedos, pois, se enganam as Prefeituras que trocam por asfalto as tradicionais pedras de calçamento, deixando as suas cidades expostas ao intenso calor por conta da manta asfáltica empregadas nas ruas no lugar das tradicionais pedras.